Saturday, December 02, 2006

Auto-carrasco


As desgraças dos filhos dos homens
São o néctar dos filhos dos homens
Enquanto um corpo se contorce em clamor de incontestável dor.
Corpos são adornados em conseqüência de tal dor

Portas se abrem
Para quem atinge o direito de fecha-las
Quem será o próximo a morrer?
Para assim minha vida se tornar mais confortável.
Onde a morte espera por ti com seu taciturno semblante?

Tua paz por vezes me machuca
porém teus flagelos me podem ser deleitosos
Entretanto teu gozo não me traz paz

A liberdade é bela e me interessa
porém, a minha liberdade;
pois a tua pode ferir a minha
Tua liberdade sempre foi amarga
A minha é doce como a mel
Ahh! Como é doce a minha liberdade

Lembre-se. Tenho o remédio para sua ferida
Entretanto eu não conheço a cura
pois tua ferida dolorosa alimenta meu triunfo
Que ninguém então conheça tal cura

Também sou de caridade
Alimento meus semelhantes com teu desejo de paz
Talvez pudesse eu desejar tua paz
porém meus semelhantes são meus próximos
e você...

Eu também amo
Como posso entretanto dividir contigo meu amor
Seria injusto eu curar tua ferida
Meus filhos não viveriam sem o teu clamor

Tu que nos diverte tem teu pão garantido
Que triste desgraça da vida
Se tu perdes teu encanto

Papillon adore

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