Saturday, December 29, 2007

Quero ser seu...

Quero ser seu
Quero ser tocado
Profundamente na escuridão
Sem este medo alado
Que coroe o coração
Teus cabelos encaracolados
Sair do mundo da ilusão

Sentir meu rosto junto ao seu
Meus desejo realizado
Sem medo da paixão
Encher seu corpo de emoção
Nadar nos mares calados
Da tua mestra escuridão

Saturday, December 30, 2006

Deusa Gótica


Cabelos lisos, lindos. Negros fios que se perdem em meio as costas. Pele alva, rosto róseo, altura imponente. Minúscula boca, sublime, atiçadora dos meus desejos mais ínfimos. Soberana criatura de olhar felino, envolta em uma áurea pertinente aos meus nostálgicos sentimentos. Que bela mulher à quebrar minhas obrigações operárias. Foi como aquela suave brisa que refresca nossa face em dias quentes de verão.

Tuesday, December 05, 2006


Hoje eu a observei ,como um tolo a olhar sem fundamento para o céu estrelado. Ela é como as estrelas brilhando no céu . Eu pareço a noite, é assim que eu sou, taciturno, frio como uma noite de inverno. Ela brilha, sorri de forma lúcida . Um sorriso vibrante em um rosto tão sereno , tão feminino, tão lindo e amável que fui arrebatado para longe da minha razão. Ó razão que me aprisiona neste limbo infernal e fétido , que me destrói o ímpeto de viver. Tu me devoras como um monstro sem misericórdia. Por que tamanha razão em um mundo tão absurdamente contraditório? Razão de garras malignas, sempre a me atormentar, e me corar mediante tão bela criatura. Por que? Por que?Sem medo de errar , sem medo de agir , este sera meu destino , ou morrerei de tantos temores.

Monday, December 04, 2006

O ser e o não ser


Vida ingrata
Sem fim nem meio
Insolúvel agrura
Veneno que coroe o coração

Sou covarde, sou fraco
E alucinado
Homem de mente imunda
De corpo sublime e
Cheio de podridão

Sei que não vivi
Pois não sei viver
É estúpido pensar
Que sou assim
Porque não sou
não aprendi ser


Nunca fui o que sou
Sempre fui a sombra do que me fizeram ser
Nunca direi quem sou
O que sei é que não sou este
que se afunda em solidão
Sou mais sinsero e feliz
Quem sabe
Mais amoroso
mais alegre e amigo
Quem sabe
Eu nunca fui assim
Sou amigo de mim
Na verdade não sou amigo de ninguem
Sou assim


Nem quero saber o que fui, pois já sei o que não fui
E é duro não saber
É duro saber o que não sou

Papillon Adore



Sunday, December 03, 2006

Poema gótico



Oh sombrio mundo
que por tantas agruras me fez passar
Oh negritude da noite
que com o dia me fez sonhar
que a misericórdia de Deus nas alturas
não deixe minha vida cessar

Nas mais árduas agruras da vida
pude ver a criaça brincar
Na mais negra de todas as noites
vi a mais bela estrela brilhar
Se minha vida aqui terminar, serei um tolo
que não teve tempo de amar

Papillon Adore

Saturday, December 02, 2006

Auto-carrasco


As desgraças dos filhos dos homens
São o néctar dos filhos dos homens
Enquanto um corpo se contorce em clamor de incontestável dor.
Corpos são adornados em conseqüência de tal dor

Portas se abrem
Para quem atinge o direito de fecha-las
Quem será o próximo a morrer?
Para assim minha vida se tornar mais confortável.
Onde a morte espera por ti com seu taciturno semblante?

Tua paz por vezes me machuca
porém teus flagelos me podem ser deleitosos
Entretanto teu gozo não me traz paz

A liberdade é bela e me interessa
porém, a minha liberdade;
pois a tua pode ferir a minha
Tua liberdade sempre foi amarga
A minha é doce como a mel
Ahh! Como é doce a minha liberdade

Lembre-se. Tenho o remédio para sua ferida
Entretanto eu não conheço a cura
pois tua ferida dolorosa alimenta meu triunfo
Que ninguém então conheça tal cura

Também sou de caridade
Alimento meus semelhantes com teu desejo de paz
Talvez pudesse eu desejar tua paz
porém meus semelhantes são meus próximos
e você...

Eu também amo
Como posso entretanto dividir contigo meu amor
Seria injusto eu curar tua ferida
Meus filhos não viveriam sem o teu clamor

Tu que nos diverte tem teu pão garantido
Que triste desgraça da vida
Se tu perdes teu encanto

Papillon adore

Desilusão



Ó cortante paixão de dores incontestáveis
Sei que a noite é bela mas preciso dormir
Grandiosa lua de luzes infindáveis
Sou mago na arte de me diminuir

Não quero ser digno dela assim
Quero ela como quero viver
Sem esta mulher perto de mim
Nem mesmo na vida eu pareço crer


Ó sublime criatura de encantador semblante
Teu brilho é a fúria de um deus sem misericórdia
A me sacrificar como mortal errante
Na difícil arte de viver nesta discórdia


Sou assim digno de muita pena
Pena que não pareço saber o fim
Não tenho certeza de quando esta dor se amena
Mas sei que um dia tudo pode acabar assim.


Em um mundo tão fétido ,por que tanto mistério ?
Em uma vida tão banal por que tanto sofrer ?
Sei que ainda não vivi, por isso meu silencio é sério
E a vida me é indiferente como um homen que não quer ser
Papillon Adore